Com fábrica na Bahia, BYD ingressa no top 5 do varejo automotivo nacional

2025

Em setembro de 2025, a BYD alcançou um marco inédito ao entrar no top 5 das vendas de varejo de carros de passeio no Brasil, alcançando 9,21 % de participação (considerando somente o varejo, sem vendas diretas).

Esse desempenho coloca a BYD à frente de marcas tradicionais como Toyota, Renault, Jeep e Honda, reforçando seu papel estratégico na fase de eletrificação do mercado brasileiro.

Somente em setembro, foram vendidos 9.934 veículos de passeio via varejo — o que garantiu o quinto lugar — e, somando vendas diretas, o total atingiu 10.024 unidades, correspondendo a cerca de 5,56 % de participação geral.

No acumulado de 2025 até setembro, a BYD soma 77.198 emplacamentos no Brasil.

A ascensão da marca está alinhada ao avanço de sua operação industrial no país. A fábrica da BYD em Camaçari (BA) iniciou a montagem de unidades em caráter experimental (pré-série) antes da inauguração formal.

O complexo fabril ocupa uma área de 4,6 milhões de m² e teve investimento estimado em R$ 5,5 bilhões.

A estimativa inicial de produção é de 150 mil unidades por ano, com projeção de expansão para 300 mil veículos em fases seguintes.

Além disso, a BYD já busca fornecedores locais para componentes como para-choques, pneus e baterias, com meta de que 50 % dos insumos sejam nacionais até 2027.

Vale mencionar que a BYD também ultrapassou a marca de 170 mil veículos eletrificados vendidos (entre elétricos e híbridos plug-in) desde sua chegada ao Brasil.

Segundo dados da Fenabrave, entre as marcas de veículos de passeio, a BYD ficou atrás apenas de Volkswagen, Fiat, GM e Hyundai no ranking de varejo.

No segmento de veículos elétricos e híbridos, a BYD lidera com grande margem: responde por cerca de 76,36 % dos veículos elétricos vendidos no Brasil no período e por 27,42 % dos híbridos plug-in.

Desafios e observações:

A fábrica de Camaçari ainda opera em fase de testes e montagem experimental — os veículos fabricados nesse estágio não estão à venda comercial.

A operação plena da planta, com nacionalização e produção robusta, pode enfrentar prazos ajustados, riscos logísticos e necessidade de integração local da cadeia de fornecedores.

A BYD pretende intensificar sua rede de concessionárias e seu relacionamento com fornecedores nacionais, garantindo presença física e escala no Brasil.

Em suma, a marca chinesa dá um passo decisivo na escala nacional ao aliar presença industrial no país a desempenho comercial expressivo — o que pode mexer bastante no cenário automotivo brasileiro nos próximos anos.

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