Captiva EV nacional: o novo fôlego da mobilidade elétrica da Chevrolet no Brasil

A General Motors (GM) deu um passo importante na consolidação da mobilidade elétrica no Brasil ao confirmar que a Captiva EV passará a ser produzida localmente, no Polo Automotivo do Ceará – PACE, em Horizonte (CE). O anúncio, feito em dezembro de 2025, marca o ingresso do SUV 100% elétrico em uma nova fase da produção automotiva nacional.

Produção nacional a partir de 2026

De acordo com a GM, a produção da Captiva EV no Brasil está prevista para começar em janeiro de 2026, com o carro sendo montado no regime SKD na planta do Ceará. A planta, que já retoma a operação com a produção do Chevrolet Spark EUV, cresce como um hub de veículos eletrificados da marca, reforçando a aposta da montadora na expansão da eletrificação no mercado nacional.

A expectativa inicial é que o conteúdo nacional da montagem seja de cerca de 35%, com perspectiva de aumento ao longo de 2026, à medida que fornecedores locais sejam incorporados à cadeia produtiva.

Captiva EV: posicionamento e ficha técnica

A Captiva EV chegou ao Brasil no fim de 2025, importada da China, com preço sugerido de R$ 199.990. O modelo traz motor elétrico de 201 cv e autonomia declarada de 304 km segundo o ciclo do Inmetro.

No Brasil, a versão vendida é equipada com acabamento mais sofisticado, interior ajustado aos padrões locais e identidade visual adaptada à linha da marca. O SUV oferece pacote completo de conveniência, tecnologia e conforto, com itens como teto panorâmico, multimídia, painel moderno e outros detalhes que visam atrair compradores interessados em eletrificação sem abrir mão de praticidade e estilo.

Com esse conjunto, a Captiva EV se posiciona como uma opção intermediária na gama elétrica da Chevrolet, acima do Spark EUV e abaixo de elétricos maiores — uma faixa estratégica para atender quem busca um SUV elétrico com bom equilíbrio entre preço, praticidade e uso urbano/dia a dia.

Impactos no mercado e na indústria nacional

A decisão de fabricar a Captiva EV no Brasil representa mais do que um simples ajuste logístico — indica um movimento estratégico de longo prazo pela GM. Ao integrar a produção nacional, a montadora reduz custos com logística e importação, e ganha flexibilidade para adaptar o veículo às particularidades do mercado local.

Além disso, a planta do Ceará — operada pela empresa Comexport — torna-se um polo industrial importantíssimo para a eletrificação. A expectativa é que o PACE não sirva apenas para abastecer o mercado brasileiro, mas também possivelmente exportar para outros países da América do Sul.

Do ponto de vista do mercado de veículos elétricos no Brasil, a nacionalização da Captiva EV pode aumentar a oferta, gerar preços mais competitivos e facilitar o acesso dos consumidores a elétricos — especialmente em uma faixa de preço intermediária, com bom nível de equipamentos e autonomia compatível com o uso urbano. Isso tende a ampliar o leque de compradores, ajudando a impulsionar a adoção de EVs no país.

Por que a Captiva EV nacional é importante

Redução de custos e maior competitividade: montar o veículo no Brasil ajuda a reduzir despesas de importação e logística, o que pode favorecer preços mais agressivos ou margens para promoções no mercado nacional.

Adequação ao mercado local: produção local permite ajustes de acabamento, regulatórios e usabilidade conforme a realidade brasileira — algo que nem sempre é possível em importados.

Impulso à cadeia automotiva nacional: com conteúdo local e fornecedores nacionais, gera emprego e fortalece a indústria automotiva do país.

Escalabilidade e volume: a planta no Ceará, junto com a estratégia da GM, permite planejar volume maior de produção conforme a demanda por elétricos cresce no Brasil e na América Latina.

Acesso mais amplo à eletromobilidade: com a Captiva EV produzida no Brasil, há chance de tornar elétricos mais acessíveis a um público além dos nichos premium, acelerando a transição energética no transporte.

Considerações finais

A nacionalização da Captiva EV marca um ponto de inflexão na estratégia da GM para o Brasil: não se trata apenas de lançar um carro elétrico importado, mas de investir na estrutura produtiva local, com visão de longo prazo. A chegada da Captiva EV ao PACE no Ceará deve contribuir para consolidar o mercado de EVs no país, oferecendo opções mais competitivas e preparadas para as necessidades brasileiras.

Para quem acompanha a evolução da mobilidade elétrica no Brasil, esse movimento representa um passo concreto: eletrificação acessível, com suporte de produção nacional e ambição exportadora. Resta acompanhar como essa estratégia se refletirá em volumes, preço, demanda e — mais importante — na adoção real de veículos elétricos pelo público brasileiro.

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