Renault e Geely anunciam investimento de R$ 3,8 bilhões no Brasil e reforçam produção de elétricos

Data: Novembro de 2025

A grande jogada: R$ 3,8 bi para transformar a fábrica no Paraná

A Renault e sua parceira chinesa Geely anunciaram nesta terça-feira um investimento de R$ 3,8 bilhões no complexo industrial da Renault em São José dos Pinhais (PR).

Com isso, a concessionária francesa passa a se chamar Renault Geely do Brasil.
Os recursos serão aplicados para a produção de uma nova plataforma de veículos eletrificados da Geely, denominada GEA, que dará origem a dois novos modelos, com produção prevista para o segundo semestre de 2026.
Além disso, a Renault utilizará parte do aporte para renovar um veículo existente e produzir um novo modelo da marca previsto para lançamento em 2027.
O anúncio acompanha o acordo no qual a Geely assumiu 26,4% de participação na Renault do Brasil.

O que muda na produção e no portfólio

A base industrial em São José dos Pinhais será modernizada para dar suporte à nova plataforma eletrificada GEA.

Dois modelos baseados nessa plataforma terão produção local a partir de 2026.

Um novo modelo Renault — dentro do plano de eletrificação da marca — está previsto para 2027.

A parceria reforça a presença da Geely no Brasil, utilizando a estrutura da Renault para produzir e distribuir veículos eletrificados.

Contexto estratégico e significado para o mercado brasileiro

Este investimento representa um movimento significativo no setor automotivo nacional, especialmente no segmento de veículos eletrificados. Com o aporte, a Renault/Geely sinalizam que o Brasil não será apenas mercado de consumo, mas também polo de produção de novos modelos elétricos ou híbridos.
Para o Brasil, o efeito é duplo: geração de empregos na planta do Paraná, estímulo à cadeia de fornecedores locais e incorporação de tecnologia global.
Para a Renault, ajuda a atualizar seu portfólio no país e a acelerar sua transição para mobilidade elétrica. Para a Geely, é um acesso direto à base industrial brasileira, importante para exportação e escala regional.

Desafios e pontos de atenção

A execução da produção de elétricos demanda investimentos em infraestrutura (baterias, células, rede de fornecedores) — o valor anunciado é significativo, mas o sucesso dependerá da implementação.

A aceitação do consumidor de veículos eletrificados ainda está em crescimento no Brasil; preços, incentivos e infraestrutura de recarga continuam como entraves.

Competição internacional: outras montadoras também aceleram investimentos em eletrificação no Brasil e América Latina; a Renault/Geely precisam se diferenciar.

Conclusão

O anúncio de investimento de R$ 3,8 bilhões da Renault e Geely no Brasil marca uma nova fase para a indústria automotiva nacional, especialmente no segmento de mobilidade elétrica. Para nós da EVAuto, é um indicativo claro de que o mercado brasileiro está prestes a receber mais modelos eletrificados, produção local mais forte e potencialmente melhor logística de pós-venda. Vale acompanhar de perto o que sairá desse plano — quais modelos, quando, com que preços — porque isso impacta diretamente o ecossistema EV no país.

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